terça-feira, 29 de outubro de 2013

Capitulo 04 – Um Novo Acordar

Namida (Pov)
Não sabia a onde estava, a escuridão e o silêncio eram as únicas coisas que via á minha volta, então encolhi-me pois estava frio, num segundo a seguir comecei ouvir sons, não sabia se eram vozes ou ruído de fundo, levantei a cabeça a ver de onde vinham esses sons, quatro luzinhas pequenas apareceram diante dos meus olhos, eram quentes, reconfortante, por algum motivo deixei-me levar por elas, comecei a ficar sonolenta fechei os olhos.
Quando abri-os lentamente, reparei que me encontrava noutro sitio, a compara com primeiro este era um pouco mais colorido, olhei em volta mas não reconheci aonde estava, tentei lembra-me do que acontecera mas a minha memória tinha falhas bastante grandes.
Ouvi alguém abrir a porta do quarto.
– Vejo que já acordas-te. – Diz a enfermeira dirigindo-se aos estores, abriu-os ligeiramente, deixando entrar um pouco de claridade.
Ao levantar-me da cama reparei, que o meu braço direito estava ligado bem como a minha cabeça, olhei para enfermaria, com os olhos semicerrados sem expressão.
– Oh!!!!- Admirando os meus olhos.- Tens uns olhos muito bonitos- Sorrindo-se.- Aqui tens os comprimidos, para tomares. – Deixando-os em cima da mesa.
Não respondi-lhe. A enfermeira antes sair do quarto disse-me que daqui alguns minutos viria buscar-me ao quarto para fazer um exame de rotina, levantei-me até aos estores elevei-os até ao topo, olhei pela janela, para ver se reconhecia o lugar, mas nada, tomei os medicamentos e sentei-me outra vez na cadeira a contemplar a paisagem.
– Posso? – Disse a enfermeira.
– Sim – Olhando para porta com os olhos semicerrados sem expressão.
– Está na hora.
Levantei-me caminhando até a enfermeira, para fazer o exame. Quando acabei perguntei-lhe se podia ir apanhar um pouco de ar, a enfermeira respondeu-me que sim. Foi até ao terraço apanhar a brisa da manhã. Era uma sensação muito boa. Olhei para o céu limpo, nesse momento lembrei-me que costumava observar as estrelas á noite.
– Hoje talvez possa ver as estrelas.
Regressei ao meu quarto, sentado-me outra vez na cadeira a olhar pela janela, comecei ouvi vozes no corredor, aproximavam-se cada vez do meu quarto. Bateram á porta. Continuava a olhar pela janela.
– Posso? – Diz uma voz feminina abrindo a porta.
A mulher aproximou-se de mim.
– Vejo que recuperas-te totalmente, o meu nome é Tsunade sou a quinta Hokage.
Voltei-me para ela olhando-a fixamente.
– A onde estou?
Reparei que ela ficou um pouco admirada com meu olhar sem expressão.
– Estás no Pais do Fogo na Aldeia da Folha.
– País do Fogo.....Aldeia da Folha...... – Disse voltando-me para a janela.
Fez-se silencio entre nós as duas.
– Gosto do sossego desta aldeia.
– Gostavas de conhece-la? – Pergunta Tsunade.
Olhei-a, respondendo-lhe afirmamente com a cabeça.
– Já agora, qual é teu nome? – Perguntou Tsunade antes de sair do quarto.
– Namida.
O rosto Tsunade expressava espanto, por algum motivo, talvez pelo do meu nome.
– Encontramo-nos lá fora, quero levar-te até ao meu gabinete para conheceres o teu guia.
– Claro.
A porta fechou-se, pedi a uma enfermeira que apanha-se o cabelo e arranjasse-me roupas para vestir, foi o que fez, agradeci –lhe e fui ao encontro de Tsunade.
– Vamos.- Iniciando a caminhada.
Ao seguia-la reparei que toda a gente olhava-me com alguma curiosidade. Chegamos aos aposentos dela, no gabinete encontrava-se uma rapariga de cabelo curto, sorridente.
– Bem-vinda Tsunade-sama.
– Alguma novidade na minha ausência? – Pergunta Tsunade sentando-se na cadeira.
– Não nenhuma.
– Namida está é a Shizune.
Fiz uma pequena vénia de cumprimento a Shizune e ela o mesmo.
– Tens uns olhos muito bonitos, Namida. – Admirada.
Não respondi-lhe.
– Por que tarda o nosso guia? – Diz Tsunade um pouco chateada.
– Tsunade-sama, ele disse-me que não tardaria em vir.....Será que aconteceu algo?!....- Diz Shizune um pouco preocupada.
No momento da espera voltei-me para a janela observando a paisagem, Tsunade e Shizune observam-me intrigadas, pois não expressava qualquer emoção no meu rosto.
De repente alguém bate á porta.
– Entra!!! – Diz Tsunade em voz alta.
– Avó Tsunade, mandaste chamar-me? – Diz uma voz masculina.
– Sim Naruto, queria que amostra-se a aldeia á Namida. – Diz Tsunade numa voz firme.
– Agora!!!!.....não pode ficar para outra altura, é que estou num meio dum treino e.....
– NARUTO!!! – Diz Tsunade zangada.
Nesse momento olho para o rapaz louro, nos olhos sem expressão alguma. Fez-se silêncio durante algum tempo.
– OH?! – Quebrando o silêncio. - Eu sou Naruto Uzumaki.
– Namida. – Fazendo-lhe uma pequena vénia de cumprimento.
– Desculpa ter sido um pouco mal criado - Pondo a mão na cabeça - é que ultimamente, têm vindo turistas de outras aldeias e é sempre a mim que calha em fazer de guia turístico e aturar as perguntas parvas que fazem.....- Rindo-se.
– Naruto depois trás Namida aqui depois da visita, ok? - Ordenando Tsunade.
– Claro avó Tsunade. – Sorrindo-se para ela.- Vamos Namida – Abrindo a porta para eu passar.
Quando saímos os dois dos aposentos de Tsunade reparei que o sol já ia alto. O primeiro sitio a visita foi á florista, as flores eram as mais coloridas e bonitas, lá conheci a Ino Yamanaka, Naruto disse-me que ela era amiga de Sakura Haruno, que trabalha no hospital a onde estive. Pelo caminho conheci mais três amigos de Naruto.
– Ei!!! Hinata, Kiba, Shino esperem.... – Grita Naruto.
Estes olharam para trás e pararam. Reparei que rapariga de olhos de pérola escondia-se atrás do rapaz com o cão.
– Queria apresentar-vos alguém. – Sorridente.
Ao aproximar-me dos três amigos de Naruto, estes ficaram admirados, por causa dos meus olhos.
– Eu sou Kiba Inuzuka e este aqui é o Akamaru – Sorrindo-se.
A rapariga de olhos de pérola, avança na minha direcção.
– Eu...eu sou Hinata Hyuga, prazer.- Um pouco envergonhada.
– Eu sou Shino Aburame. – Diz o rapaz de óculos escuros num tom serio.
– Eu sou Namida. – Fazendo uma pequena vénia de cumprimento a eles, estes também o fizeram a mim.
– Então Namida gostas de estar aqui? – Diz Kiba sorridente.
– Sim é uma aldeia sossegada.....- Olhando para ele.
– Obrigada pelo o vosso tempo pessoal, mas temos de ir, ok? – Diz Naruto despedindo-se deles com pressa.
– Ok, na boa, agente vê-se por ai, ok? – Diz Kiba despedindo-se de nós.
Achei-os simpáticos, em seguida Naruto leva-me á área de treinos lá conheci mais três dos seus amigos. Um rapaz de sobrancelhas farfalhudas aproximou-se logo de nós.
– Então Naruto-kun, como estás? Vieste treinar connosco?
– Não, vim apresenta-vos uma visita.
Aproximei-me deles.
– Eu sou Namida. - Fazendo uma pequena vénia de cumprimento a eles.
– UUUUAAUUU!!!!!.....O teu olhar como fizeste, ensina-me Namida-chan- Diz o rapaz de sobrancelhas farfalhudas intrigado.
– Lee pára com isso- Diz a única rapariga.
– Eu sou Neiji Hyuga, ela é Tenten e ele é Rock Lee – Fazendo uma pequena vénia a mim.
Reparei que tinha o mesmo apelido que Hinata.
– Temos de ir pessoal. - Diz Naruto despedindo-se deles.
– Fiquem bem.- Diz Tenten sorrindo.
Saímos da zona de treinos e fomos para praça central a onde Naruto parou diante de um restaurante.
– Namida, sabias que aqui servem o melhor ramem de sempre. – Rindo-se.- Vamos.
Entramos, Naruto pediu duas taças grandes de ramem para nós os dois, a medida que comia-mos Naruto contou-me a história da Aldeia, achei interessante a maneira dele de contar era engraçada, nem dei conta do tempo a passar.
– Estou tão cheio é como se tive-se comido um elefante- Rindo-se.- E tu Namida também não estas?
Olhei fixamente para a taça sem expressão alguma.
– O que se passa, Namida? – Diz Naruto preocupado.
– Nada.....- Disse.
– Então porque pões essa expressão.......- Diz Naruto.
Olhei nos olhos, reparei que lá fora a cor tinha tornado-se mais alarejanda.
– É melhor irmos, não? – Levantando-me do banco. – Não tarda em anoitecer.
– O quê?! Já é assim tão tarde!!! – Surpreendido – Então vamos.
Naruto pagou a conta e fomos ter com Tsunade, antes de entramos no gabinete ouvi-mos outra voz para além da Shizune e da Tsunade. Batemos á porta, tivemos ordem para entrar.
– Sakura-chan...como estás? – Diz Naruto contente.
– Naruto?! – Surpreendida- ...estou bem, obrigada. – Diz Sakura sorridente.
– Obrigada Sakura podes ir. – Diz Tsunade.
A Sakura passa por mim dando-me um pequeno sorriso.
– Então como foi o vosso dia? – Pergunta Tsunade curiosa.
– Foi bom, Namida conheceu quase toda a gente....- Diz Naruto orgulhoso.
– Ainda bem – Sorridente. – Naruto podes ir para casa, obrigada pelo teu tempo.
– De nada avozinha.
Dirigi-me até á janela a olhar o céu escuro da noite continuava limpo como de manhã.
– Namida, arranjei uma pequena casa aonde podes ficar.- Diz Tsunade a olhar para mim.
– Hoje vou poder vê-las.- Disse em voz alta.
– O que?! – Intrigadas.
– A onde fica a casa? – Perguntei a Tsunade sem expressão.
– A Shizune leva-te.
Olhei Shizune, avançando para a porta.
– Vamos? – Sorrindo-se.
Seguia, a casa não ficava muito longe dos aposentos de Tsunade.
– Espero que gostes – Diz Shuzune abrindo a porta da entrada.
Agradeci a Shizune pelo seu tempo, entrei dentro de casa, sentei-me ao pé da janela, abri-a para que pudesse apanhar a brisa da noite. Jantei o que vai no frigorífico, fui para o terraço lá havia uma bomba de água alta saltei para topo. No silencio da noite ouvi um bébé a chorar, não sei porque mas a canção de embalar de minha mãe veio-me á cabeça e por isso comecei a canta-la, olhando para o céu.
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Kissing for moonlight
Bye my lullaby
You sung to me while I was in your arms
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Breathing a sigh
Counting my time
Every time I breathe out your song
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Ringing in my ears
Someone's laughing, Someone's calling
I'm searching for the warmth
There's no one but just only my mind
Wanting for the vanishing sky
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Enquanto cantava o choro do bebé já não se ouvi-a, a canção de embalar espalhava-se por toda aldeia, senti a tranquilidade nos sonos das pessoas, continuei a olhar para o céu com satisfação, até que disse.
– Podes aparecer. – Num tom calmo– Andas-te todo o dia a ser a minha sombra, não foi? – Olhando para vulto negro.
Vi o vulto a sair da sombra, reconheci a vestimenta era um membro da ANBU, tinha uma mascara no seu rosto. Aparenta ser um homem alto, de cabelo escuro apanhado.
– Porque não aprecias as estrelas? – Disse olhando para as estrelas.
– Como sabes que estava aqui? – Pergunta o homem da ANBU.
– Pressenti. Achas que no meio destas estrelas todas possa existir o verdadeiro brilho das estrelas? – Perguntei-lhe.
– Não sei, talvez – Disse o homem da ANBU olhando também para o céu.
– Está aldeia tem boas pessoas. – Abaixando o meu olhar para ele sem expressão. – Tento lembrar-me do meu passado mas, não consigo. – Olhando para o horizonte. – Quando observo as estrelas, por algum motivo não me sinto sozinha, quando não as olho.
– Aonde ouvis-te essa canção de embalar? – Pergunta o homem da ANBU.
– Não tenho a certeza.....,mas penso que a minha mãe cantava-ma quando era mais pequena - Tentando lembrar-me.- Talvez isso seja a única coisa que me lembro......agora- Olhando para ele com os olhos semicerrados.
– A brilho dos teus olhos, é algo invulgar. – Diz ele.
Olhei para ele fixamente sem responder, este retira a mascara, reparo que os seus olhos têm um tom avermelhados o que me surpreendeu. Desci da bomba de água continuando a olhar para ele. Posei a minha mão no rosto dele.
– Nunca tinha visto esse tom de cor, para mim é algo invulgar.
– Se o dizes. – Sorrindo-se com os olhos semicerrados. - Eu sou Itachi Uchiha.
Naquele momento nas minhas vagas memórias, lembro-me que as pessoas afastavam-se de mim, viam-me como um monstro, o motivo para tal não sabia, mas o que sei é que este novo acordar, talvez ajude-me a encontrar o que ando á procuro.

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