sábado, 14 de abril de 2012

CAP 08 - Rescue

Pelos sítios que já tinha passado com o meu irmão, não apresentavam grande perigo, alias vagamente havia perigo. A primeira noite que passei sem o meu irmão abriguei-me dentro de um carro, também camuflei a mota e principalmente usei a mesma tática que eu e o meu irmão usamos quando tivemos aquele encontro com grupo de mortos. Assim que o sol nascia fazia-me á estrada, cada quilometro que fazia a ansiedade aumentava mais para ver Tsubaki.
O que apanhou-me de surpresa, foi o grupo de mortos que encontra-mos da outra vez ao pé do sitio aonde encontramos os corpos dos sobrevivente devorados.

  - Bolas não posso ir por aqui. – Parando. – O que faço?- Pensando numa solução. – A única solução é ir pelo caminho mais longo.

Foi o fiz, mas um pouco contrariado, porque sabia que ia demorar o dobro do tempo a chegar a Cimarron, e com isso a noite pintou todo o céu de azul escuro, em que o luar acompanhava-a. Quando a vi a vedação metálica, parei diante dela, dei um leve suspiro, entrei pelo mesmo sitio que tinha partido, mas havia algo que pairava no ar que não parecia estar certo, por isso desliguei a moto para não chamar muita atenção com o ruído. Camuflei-a com as folhas que estavam no chão, antes de prosseguir para casa, averiguei o que se passava no acampamento entre as sombras das árvore. Algum tempo depois sai alguém da casa, era Lois notei uma ligeira diferença nele, vi que uma certa malícia no olhar dele.

  - Ei!!!! Lois!!!! – Chama um rapaz com as mãos sujas de algo.

  - O que se passa, Leo? – Olhando para ele.

  - Já tratei daquilo que pediste. – Com sorriso malicioso.

  - Ok, se quiseres podes ir divertir-te, mas não te esqueças das regras que pôs.

  - Ok, ok...

Leo entrou em casa enquanto Lois entrou no velho barracão, aproximei-me ás escondas do barracão lá ainda estavam os três carros. Um pouco estranho, o que esconderá ali dentro? Pouco tempo depois sai indo para casa e eu aproximo-me ainda mais, ouvi ligeiros gemidos, não dos mortos, mas de algo. Lá dentro vi um cenário macabro, os três amigos de Tsubaki estavam crucificados, dois dele não davam sinal de vida e o outro pelo menos tinha os olhos abertos.

  - O que se passou aqui? – Aproximando-me dele, vi que pelo corpo todo tinha vários golpes de navalha, e a roupa cheia de sangue, bem como os outros dois corpos.

As mãos daquele tipo...

  - Salva......a.....Tsubaki…..- Fazendo um esforço para falar. 

  - O que aconteceu?

  - Aqueles.....tipos..... – Começando a voz a falhar.

  - Vou tirar daqui.

  - NÃO!!!! Já.....é....tarde....para....mim.

  - E as outras?

  - Não.....sei....bem....o....que....aconteceu-lhe.

De repente ouço passos ao longe de alguém, por isso saio de maneira a que ninguém visse-me.

Tenho que encontra Tsubaki o mais rápido.

Antes agir fui para um sitio aonde pudesse analisar a movimentação da casa e do barracão. Eu sabia que no total era quatro, um deles vigiava a entrada da casa, Lois foi quem entrou no barracão selando-o, de certeza absoluta que foi tortura-lo, um deles ainda deve estar em recuperação e o outro deve estar algures dentro de casa, a melhor maneira de fazer isto será atacando um a um, agora tenho que achar o tempo certo.

O que estava dentro de casa saio, para falar com rapaz que vigiava a entrada. Depois disso afastou-se dele, aproximando-se da zona aonde vigiava, apercebi-me que ele ia para parte mais isolada do acampamento, então segui-o pelas sombras, é claro que ficou desconfiado.

  - Neo, és tu? – Olhando em sua volta. – Meu pára com isso, não tem graça sabes muito bem que odeio isso. – Esperando uma resposta. – Neo?

Ele volta-se para frente, foi pelas costas que o surpreendo agarrando-lhe pelo pescoço, com a navalha apontada a ele.

  - Mas que raio!!!!????- Tentando soltar-se.

  - A onde está Tsubaki? – Serio.

  - Oh….és aquele tipo. Já vens tarde, meu.– Rindo-se.- Perdes o teu tempo.

  - A onde está ela? – Aproximando ainda mais a navalha ao pescoço.

  - Vai para o inferno.

  - É ultima vez que pergunto-te, a onde está ela?

Ele apenas riu-se. Num segundo degolo-o sem hesitar e regresso ao posto de vigia, Lois ainda continuava no barracão, o vigia tinha adormecido, por isso acerquei-me dele sem fazer muito barulho, em segundos parto-lhe o pescoço com ajuda das mãos, deixei-o estar no mesmo sitio para não levantar suspeitas. Em casa o silencio recebia-me, cada passo que dava dentro da casa era com cautela, no segundo piso presumi logo que fossem os quartos por causa das varias portas que se encontravam lá, algumas delas estavam abertas, semiabertas e só uma fechada, deduzi logo que fosse o quarto de Theo. Dentro dos quatros quartos de portas semiabertas o cenário macabro era notável todas as amigas de Tsubaki, tinham suicidado, duas enforcaram-se e as outras duas com corte profundo no pulso, todas elas estavam seminuas. Aquilo que queria advertir acabou por acontecer. Os quartos de portas abertas pertenciam aos rapazes do barracão. Agora só um quarto restava, abri lentamente a porta, Tsubaki estava sentada numa cadeira, olhando a paisagem, seu cabelo dançava ligeiramente com a brisa nocturna.

  - Tsubaki? – Num tom baixo.

A principio olhou-me muito surpreendida sem reação, só depois é que levantou-se e aproximou-se de mim. Tocou-me varias vezes no rosto para ter a certeza que era verdade o que estava acontecer.

  - Sempre vieste.... – Sorrindo-se, com as lágrimas nos olhos.

Talvez fosse impressão minha, mas Tsubaki parecia mais magra.

  - Pareces mais magra. – Passando-lhe a mão pelo rosto.

Ela abaixou o olhar para chão semicerrando os olhos, com as lágrimas a caírem-lhe dos olhos.

  - Ei... tem calma eu estou aqui. – Abraçando-a. – Vou tirar-te daqui.

  - Espera!!!

  - O que foi?

  - Ouve.

Pelos passos rápidos e pesados sobe logo que tinha sido descoberto.

  - Ele vem ai.... – Apavorada.

  - Fica aqui, eu trato dele.

  - Ok.

  - Aparece eu que estás ai. – Já no corredor, num tom alto. – Não tens como escapar.

Escondi-me atrás da porta do quarto e Lois entra devagar.

  - O que se passa, Lois? – Sendo ignorante.

  - Parece que temos visitas. – Aproximando-se dela.

  - Como assim?

Olha-a com malícia, agarra-lhe pelo queixo com alguma violência.

  - Espero que não tenhas nada haver com isto.

  - Não. – Tremendo a voz.

  - Assim espero. – Soltando-a com brusquidão. – Hoje apetece-me divertir. – Com grande malícia nos lábios.

Tsubaki vira o seu rosto. Ele abaixa-se até ela pegando-lhe outra vez no queixo, aproximou seus lábios aos dela, Tsubaki apenas fechou os olhos. Não consegui conter a raiva que tinha por isso, investi-lhe um soco no rosto com violência, tombando-o para lado, ele olha-me.

  - Afinal eras tu... – Rindo-se.

Olhei-o com frieza.

  - Tu nunca enganaste-me desde do primeiro dia.

  - Pois.... – Levantando-se com a mão atrás das costas, aproximando-se rapidamente de Tsubaki, fazendo-a de refém apontado-lhe uma arma há cabeça.

  - Tsubaki!!!!

  - Nem penses, em fazer algo. – Serio. – Alias tu nem te atreverias, verdade? – Rindo-se como maluco psicopata.

  - Afinal, o que ganhas com todo isto? – Serio.

  - É o que faço para sobreviver, - Com a maior naturalidade do mundo. – entro nos grupos, ganho a confiança dele, desfaço-me do líder e depois faço o que eu quiser.

Cada palavra que dizia enchia-me cada vez mais de raiva. Tsubaki começou a choramingar.

  - Não tinhas, esse direito.

  - Os teus amigos nunca me interessaram, apenas tu. – Sussurrando-lhe ao ouvido. – Digamos que és uma espécie de troféu para mim. – Beijando-lhe o pescoço. – Só meu.
Dei um passo em frente .

  - Ei!!! Não te armes em espertalhão. – Serio para mim. – Queres que te conte algo interessante, Daryl?

Não respondi-lhe.

  - A tua querida aqui é muito boa na cama.

Franzi o sobrolho com raiva.

  - Cada canto do corpo dela, pertence-me. – Dando outro beijo no pescoço. – Ainda me lembro dos gemidos que deste, enquanto comia-te.

Os olhos de Tsubaki encheram-se de lágrimas, bem como abraçava o seu corpo.

Aquele sacana vai paga-las. Como custava-me ver ela assim.

  - E agora o que faço contigo? – Olhando para mim.

Não podia fazer muito, porque podia por Tsubaki em perigo. Tem de haver uma maneira para contornar isto. Nesse momento Tsubaki agarra na mão de Lois tentando tirar-lhe a arma.

  - Sua cabra, vais ver. – Empurrando-a com violência.

Nesse instante tiro a minha navalha do bolso e espetando-lhe numa das pernas dele, queixa-se em voz alta com dores caindo no chão, ainda apontou-me a arma mas retiro-lhe a da pose dele.

  - Estás bem, Tsubaki? – Levantando-a.

  - Sim.

- Cabrão.... – Irritado.

Aproximei-me dele, só apetecia-me parti-lhe a cara toda, peguei-lhe pelo colarinho, pondo a minha navalha ao pescoço dele.

  - Força, segue o que teu instinto diz.

Ainda demorei a responde-lhe á provocação.

  - Daryl, não o faças – Pondo a sua mão em cima da minha.- Deixa-o, tu não és como ele.
Lois olhou-nos com raiva.


  - Isto não vai ficar assim, quando encontrar-te vais paga-las.

Deixamos ele a falar sozinho, no corredor Theo viu-nos, nada fez apenas foi ter com Lois ao quarto coxeando. Cá fora levei Tsubaki pela mão até á mota, removi as folhas de cima dela, Tsubaki olhava para chão um pouco distante.

  - O que se passa? – Agarrando-a as suas mãos.

  - Não é nada a serio.

  - Sabes que podes contar-me. – Beijando-lhe as mãos.

  - Sim eu sei.

Notei um certa hesitação na voz dela. Liguei a mota.

  - Anda, sobe.

Ela agarra-me pela cintura, cada metro que afastava-mos do acampamento, sentia-mos menos tensos. O nosso destino agora é irmos para Atlanta. Senti a cabeça Tsubaki nas minhas costas, não podia estar mais satisfeito, de tê-la comigo.
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